segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Uma carta um tanto quanto errada...


Uma hora ou outra eu teria que escrever-te esta carta. Talvez eu não tenha escolhido a melhor época para isso, deveria ter-lhe escrito há alguns meses atrás. Na época do seu aniversário, quando eu comprei-lhe um presente. Por outro lado, pensei em desistir de escrever-te, apenas mandar-lhe teu presente com algum cartão de felicitações… Felicitações pelo o quê? Tampouco sei, mas este era o meu plano. Há alguns dias atrás desisti até mesmo de mandar-lhe o presente, mas como eu já havia comentado sobre, achei que te devia essa. Como já deve ter percebido, acabei resolvendo escrever está carta. Nada muito extenso, tampouco intenso. É como se fosse uma obrigação minha. Não penses que estou sendo chata ou fria demais, só não estou nos melhores dias, ou nós não estamos. Como disse “não escolhi a melhor época para isso”.

Não estou escrevendo-te esta carta apenas por uma obrigação que eu tenha contigo. Escrevo por mim também, quero que saibas que continuo aqui, n’um cantinho qualquer, pensando em você, em nossas conversas, de como meu riso era tão sincero quando estava conversando contigo… Sinto sua falta. Todos os dias, todos as horas, todos os minutos, todos os segundos. Talvez eu esteja sendo dramática demais, melosa demais, ou, quem sabe, irritante demais. Mas é que… Talvez você não tenha noção disso, ou tenha e simplesmente resolveu desaparecer do nada, mas é como se eu precisasse de você vinte e quatro horas por dia. Tudo bem, pode começar a dar risada da minha cara agora, mas eu falo sério e você já deveria saber disso. A prova disso é esta carta. Acredite meu caro, se você não fosse tão importante para mim eu não estaria aqui, gastando a tinta de minha caneta e ferindo o meu orgulho, ou tentando me reaproximar de você quando parece que você só esta se afastando cada vez mais. Sempre estivemos distantes, eu sei bem disso, mas de alguma forma eu te sentia aqui e agora não sinto mais. Não sabes a dor que eu sinto por isso… Outra vez estou sendo dramática demais, mas essa é a vida. Você terá que ler esta carta até o final do mesmo jeito. 

Para quem queria enviar apenas um cartão de felicitações estou até que escrevendo demais. Mas não disse metade do que realmente gostaria de lhe dizer, ao contrário, parece que estou lhe escrevendo um ultimato, algo para que você se sinta culpado de alguma coisa, por ter desaparecido. Não queria que esta carta se transformasse nisso, mas ando tão revoltada com você ultimamente que eu não estaria sendo eu se não escrevesse isso. Conscientemente eu queria que você se sentisse culpado, mesmo não tendo culpa nenhuma. Inconscientemente eu só queria que você estivesse aqui. Vou parar de demonstrar tanto desprezo nestas palavras sem sentindo, mas… Pela primeira vez eu sinto raiva de você. Raiva de ter lhe conhecido, de ter me apegado à você, de ter amado você...  Chega disso, desse drama todo. Apenas saiba de uma coisa: Eu não vou te esquecer, mesmo que você me esqueça em algum momento. Sempre lhe disse que seria para sempre. Eu e você. Sei que “para sempre” é uma palavra muito intensa, que talvez não tenha tanto significado, mas o que posso fazer se gosto tanto de me arriscar nestes sentimentos malditos? Estou sendo dramática novamente não é mesmo? 

Eu te amo.