terça-feira, 12 de junho de 2012

Eu sem você


Hoje a escuridão me dominaste por inteiro. Cada parte do meu corpo doía de saudades, cada vez que meu coração batia ele me machucava por dentro. Hoje, senti-me como se precisasse de você para tonar-me completa novamente. Não... Não apenas hoje. Todos os dias. A cada instante, a cada minuto, a cada segundo. Sinto que necessito de sua risada pela madrugada, ou de suas piadas sobre o meu cabelo ao amanhecer. Preciso da quentura de sua pele aquecendo cada parte do meu corpo e de seus dedos acariciando os meus cabelos durante a noite. Preciso de ti e de mais ninguém. 

Ó amado, esta minha vidinha estás tão bagunçada sem você aqui para ajeitá-la. Parece que sem você tudo perde o sentido. Sem você, eu não sou a mesma. Pelo menos não aquela que gostaria de ser. Meus amigos andam reclamando comigo dizendo-me que ando muito amargurada, irritada, triste... Mal sabem eles que todos estes sintomas é devido à sua causa. Ou melhor dizendo, é devido a sua falta. A falta que me fazes quando tudo está silenciado, a falta de sua voz ecoando pelas paredes de minha casa, a falta de seus braços envolvendo-me durante à noite. 

Mas não estás mas aqui não é mesmo anjo? Partiste de minha casa, partiste de minha vida, partiste meu coração. E a única coisa que faz-me lembrar de ti são estas paredes inquietantes que guardam nossos sussurros durante à noite. Estas são as únicas lembranças que posso agarrar-me com precisão, porque fora a única coisa que deixaste. A única coisa que esquecera de levar contigo. E é durante a noite, que estas paredes insistem em transformar estes nossos sussurros em gritos, fazendo-me lembrar que estou sozinha. Que não estás mais aqui. 

Por favor, não penses que gosto de sentir-me assim, sozinha, assustada, dependente... Antes de fazer parte de minha vida eu não precisava de ninguém, eu não dependia de ninguém, apenas de mim mesma e agora veja o que fizeste comigo. Cá estou eu, na madrugada de uma quarta-feira qualquer, espremida em minha cama, sentindo minha lágrimas escorrendo pelo o meu rosto, sentindo a sua falta. Sentindo a falta de nós. Sentindo a falta da forma que eu me sentia enquanto estávamos juntos. Sentindo a falta da pessoa fria e calculista que eu era antes de você aparecer. E agora, olhe bem pra mim, me transformaste nesta garotinha sensível que fica pelos cantos chorando por um amor perdido.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigada pela visita e por terem me lido. Volte sempre!