domingo, 3 de junho de 2012

Luanda (Parte3)

Nota: Antes de começar a leitura, dê uma lida neste texto e neste para compreender toda a história.





“Tique-Taque-Tique-Taque” [...] Neste silêncio ensurdecedor o único som que prevalecia era o “tiquetatear” do relógio. A cama estava desarruma e o Sol clareava todos os cômodos de minha casa. Sua camisa ainda estava jogada n’um canto qualquer de meu quarto, amarrotada, virada do avesso. Sua palavras foram amorosas porém enfraquecedoras. Enfraqueceram-me. “Perdoe-me Fernanda, não é mais um caso de amantes. Somos eu e você. E devemos continuar assim. Adeus” O sorriso que aparecera em meu rosto logo quando eu acordara, desaparecera em questões de segundos. Aliás é apenas isso que se leva. Segundos. Segundos para ler uma carta de despedida e segundos para ver sua vida se despedaçando.


Eu fora assim tão iludida? Nosso caso de amor não teve importância alguma? Apenas um caso de amor? Um caso de amor. Isso está errado, deveria ser O caso de amor e não apenas mais um. Aliás éramos eu e ele. Éramos nós. Não deveria acabar desse jeito, ele não deveria ter se despedido desse jeito, ele não deveria ter me deixado. Não hoje, não de novo […] Minhas mãos estavam trêmulas e meus olhos ardendo de tanto chorar. Ontem à noite havia sido tão especial, tão reconfortante. E ele conseguira acabar com tudo em questões de segundos. Alguém por favor me digas qual é o meu problema? Por que, depois de tanto tempo, eu ainda continuo encantadoramente, desesperadamente, enlouquecidamente, apaixonada por ele? Por que, depois de tantas decepções, ele ainda continua sendo Minh ‘alma gêmea? 

Isso não poderia… Eu não poderia… Ele não poderia.. Nós não poderíamos acabar assim. Não desse jeito. Não depois de termos provados para nós mesmo que ainda podemos continuar juntos. Que ainda poderíamos ter um caso de amor verdadeiro […] Apesar das mãos trêmulas disco com facilidade seu número de telefone. Não importa o que aconteça, não importa o que ele fale, eu ainda continuarei insistindo e não… Eu não vou desistir de nós, não até ele parar de me amar. 

— Olá. — A voz fala do outro lado da linha. Meu coração para por alguns segundos e minhas respiração se enfraquece. Havia esquecido os efeitos que sua voz me causa.
— Lucas, Lucas, você não pode…
— … Aqui é o Lucas, no momento eu não posso lhe atender. Você já sabe o que fazer não é mesmo? — O sinal da caixa eletrônica apitou, meus joelhos cederam e bateram com uma força extrema no chão. Senti minha boca ficar seca e meus pensamentos se embaralharem por alguns segundos… 
— Você não… Você não deveria ter feito isso comigo Lucas. Não deveria ter me deixado desse jeito, esperançosa. Se não fosse para ser, não teria sido, mas foi. Fomos eu e você, fomos nós. E continuaremos sermos. Não importa suas tentativas idiotas de tentarem me provar ao contrário. Eu acredito em nós e você também terá que acreditar. Quem sabe um dia… Enquanto isso eu vou continuar me martirizando, conversando com a sua secretária eletrônica. Eu não tenho mais medo Lucas, eu lhe juro que não tenho. Sou somente sua, assim como você continuará sendo somente meu. Por favor, pare de lutar contra este sentimento, para de lutar contra mim porque, de agora em diante, eu vou começar a lutar por você. Eu te amo.

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