segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perdida


As luzes da cidade se apagaram, o silêncio tornou-se um grito irritante para os meus ouvidos. Poderia ficar horas e horas nesta madrugada, embebedando-me de cafeína. Mas preferi deitar-me em meu travesseiro e deixar com que meus pensamentos voem para longe e de que minhas lágrimas escorram pela minha face. Há tanto dediquei o meu amor para você, somente para você, ciente de que eu poderia estar doando-me demais sem precisão. Vi-me presa nesta areia movediça que me puxa cada vez mais para baixo, deixando-me sem ar o suficiente para respirar. Impedindo-me de mover-me, de lutar, de gritar, de pedir ajuda. Ajuda para resgatar-me. Porque estou a perder-me novamente. Perder-me de você. Perder-me de mim. Perder-me de nós. E eu já não aguento mais tantos desencontros. Então talvez, eu continue andarilhando por estas esquinas escuras, tentando achar alguma saída por estas ruas embriagadas. Quem sabe, talvez, eu encontre uma saída deste meu mundo tão obscuro. Mas, com a sorte que tenho, está saída irá me levar para você novamente, como todas as outras me levaram. E então eu continuarei presa… Nesta rua, nesta esquina, nesta areia movediça, tentando desvencilhar-me de meu destino. Tentando desvencilhar-me de você.

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